“O mais pesado dos fardos nos esmaga; sob seu peso, afundamos, somos pregados ao chão. E, no entanto, na poesia amorosa de todas as épocas, a mulher anseia por sucumbir ao peso do corpo do homem. O mais pesado dos fardos é, pois, simultaneamente, uma imagem da mais intensa plenitude da vida. Quanto mais pesado o fardo, mais nossas vidas se aproximam da terra, fazendo-se tanto mais reais e verdadeiras.
Inversamente, a ausência absoluta de um fardo faz com que o homem se torne mais leve do que o ar, fá-lo alçar-se às alturas, abandonar a terra e sua existência terrena, tornando-o apenas parcialmente real, seus movimentos tão livres quanto insignificantes.
O que escolheremos então? O peso ou a leveza?"
[A Insustentável Leveza do Ser - Milan Kundera]
Um tanto confuso para dias atuais. Pode ser que no amor romantico, onde a mulher se anula, não hoje. Eu, prefiro sentir-me leve e voar com quem esta comigo, na imaginação, no gozo...
ResponderExcluirPosso preferir o meio-termo? :-) Pés no chão, cabeça nos sonhos... Acho melhor.
ResponderExcluirBeijos,
Deb.