ADVERTÊNCIA: O assunto não é para os novinhos e para a novinhas: por isso, VAZA!!! Eu vou falar de putaria daqui a pouco!!
A galera que nasceu entre 1975 e 1985 foi bem jovenzinho na época que a locação de fita VHS para Vídeo Cassete ainda bombava. E dava sexta-feira e todo mundo corria para pegar aquele novo filme e assistir com a turma. Lá na locadora (como nas bancas de revista) havia um parte obscura, em que estavam as fitas de filme pornô. A curiosidade e vontade de entrar ali era terrível. Angustiante. Sufocante. Para mim, eu diria. Nunca que seria possível uma menina de 16 anos entrar naquele espaço sem despertar olhares capciosos nos outros e nela um tipo de medo. E mesmo doida pra entender melhor como o sexo funcionava, restava se contentar com as dicas das psicólogas e sexólogas da Capricho ou da Atrevida. Mas aquelas fitas não ficariam muito tempo no vale escuro e encoberto. Sempre haveria um melhor amigo, um menino camarada, que faria o favor de locar a fita (e ainda posar de bacana) pornográfica. Quando eu vi o meu primeiro filme pornográfico do começo ao fim, sem ter que trocar o canal às pressas na madrugada eu deveria ter 16 anos. E assisti em turma, a mesma turma que assistia todos os finais de semanas filmes de terror, de comédia ou drama.
Imagino que não diferente de mim, foi um misto de tesão e constrangimento para todos. Ríamos e debatíamos sobre as cenas, as modalidades de sexo, os corpos nus, as expressões faciais, o que parecia sempre muito fake, sem prazer, mas que excitava. Confesso que eu senti mais tesão vendo o episódio de “O Besouro e a Rosa” transmitido pela TV Globo em 1994, uma adaptação do conto de Mário de Andrade em que Carla Marins era a pudica Rosa desvirginada por um besouro. ![]()
As coisas mudaram de uma hora para outra, com 19 anos eu já estava viajando com confiança total pelo ciberespaço. E junto com expansão do acesso veio as possibilidades de conhecer e ver o que eu quisesse ver. Hoje as coisas estão mais acessíveis do que em 2001 e usar os sites com vídeos pornográficos para se excitar e se resolver de maneira solitária deve ser uma prática recorrente.
Não é mais necessário esconder gibis pornôs debaixo do colchão ou colocar as fitas pornográficas em uma caixa em cima do guarda roupa para que os pais (ou os filhos) não acessem. A pornografia como recurso visual para a masturbação, para a descoberta do corpo nu, como aprendizagem do sexo está a distância de um clique.
Tem aqueles vídeos caseiros, que muitas vezes faz é graça; tem aqueles mais profissionais, cheios de uh!! Fuck me.. yes! yes!! No entanto, tem aqueles mais excitantes, com a medida certa do seu gozar. Aqueles que, realmente, servem como estimulantes para a sua frequência ou, quem sabe, a frequência do seu parceiro, para que tudo comece bem entre vocês dois.
Mas não só de vídeos vive o tesão da gente. Eu sempre adorei ler contos eróticos, com olhos que espiam, carícias que começam desapercebidas e o auge com a descoberta de um sexo esperado, que supera a expectativa. Ver imagens eróticas sempre foi muito mais excitante que os vídeos também, com pescoços que se esticam, mãos que se escondem entre pernas, mãos que apertam a carne, cabelos e bocas. São possibilidades abertas para imaginação, o que veio antes ou depois daquela imagem, sou eu que faço existir, os fenótipos e expressões do conto, sou eu quem cria. Gosto de minha mente se abrindo e sendo imaginativa, gosto de criar e ser criada pelos outros também.
Gosto de brincar de “you don’t know me”. Porque quando não se conhece, só se tem pistas, vestígios do que é… Diretrizes! O limite é você quem faz, a hora de acabar é só sua. O gozo não precisa ser sincronizado com o vídeo.
Eu gosto do inacabado… Eu gosto de poder dar o meu sabor e a minha textura aos contos, às imagens estáticas, que podem inspirar tanto desejo quanto os sons vindos do filme. Para ser sincera, para mim, filme pornográfico é tocar uma com um olhar sacana de voyeur, porém a imagem ou o conto, é um sexo gostoso com suas fantasias, seus desejos e fetiches, guardados na sua mente, auto-controlados, mas que podem explodir em um tipo de tesão criativo.
Um final de semana gostoso para vocês!!
See u…
Concordo plenamente com você que, contos exitam mais que alguns videos pornos, principalmente os atuais que o cara parece um cavalo em todos os sentidos e a mulher uma lata ou buraco coletor de espermas. Há excelentes contos nas revistas masculinas mais antigas.
ResponderExcluirSe você quiser alguns, de minha autoria e outros não, deixe um endereço eletrônico que lhe envio.
Fantástico o texto. Fico impressionado com a fluidez das argumentações entre os parágrafos.
ResponderExcluirtenho alguns contos para mostrar.
se voce quiser, entra em contato comigo.
meu e-mail:
chomsky.com@gmail.com
não consegui achar o teu emeio por aqui.
abs